
Thomas Crown, a Arte do Crime, a refilmagem de 1999, e não Crown, O Magnífico, o filme original de 1968.
Tem roubo de quadro de museu, romance, esporte, um verdadeiro desfile de roupas elegantes, mas é essencialmente um drama emocional.
Catherine Banning, uma mulher bela e inteligente, encontra um homem à sua altura em circunstância pouco favorável: procurando desvendar o assalto a um museu. Ela é especialista em recuperar valores roubados e foi contratada pela seguradora que arcou com o prejuízo. À medida que a investigação se aprofunda, fica mais enamorada pelo suspeito e mais convicta de sua culpa. O sucesso de Catherine no trabalho pode condenar o amado à prisão e, evidentemente, destruir o relacionamento amoroso do casal. Mas fracassar de propósito seria conivência com o crime.
Thomas Crown é bonito, rico e inteligente. Seus talentos fazem-no obter sucesso nos negócios e conquistar mulheres com facilidade. Para enfrentar um desafio à altura de si, resolve roubar um quadro valiosíssimo de um museu por esporte, apenas para provar-se capaz de cometer um crime perfeito. E tudo estava saindo como planejado até Catherine Banning aparecer.
O caso entre eles começou como um jogo de xadrez, uma mera disputa intelectual em que cada oponente realiza seus movimentos com mais inteligência, ousadia e frieza que o outro. Mas, pouco a pouco, a admiração trouxe o respeito e o amor, que não estava nos planos, aconteceu.
É um filme lindo. Thomas Crown é um milionário bon vivant que mora bem, anda de Bentley, aprecia obras de arte, joga golfe, veleja, voa de planador e tem casa de praia numa ilha paradisíaca. Ele e Catherine Banning formam um belo casal.
O que diferencia as duas versões do filme? Basicamente, foi explicitado o que antes era deixado para o público perceber. Sentimentos outrora revelados apenas por atitudes são explicados para o espectador em sessões de psicanálise. Na primeira versão, passava-se direto da sedução ao café da manhã tomado com intimidade. O sexo ficava implícito. Na refilmagem, corpos nus se engalfinham. O desfecho também mudou. Prefiro o de 1968.
REFERÊNCIAS
John McTiernan dirigiu Violação de Conduta em 2003: O oficial do departamento antidrogas John Travolta investiga o desaparecimento do instrutor militar Samuel L. Jackson e seus cadetes na selva colombiana. Em 1988 fez Duro de Matar: O detetive Bruce Willis vai visitar sua mulher no trabalho, encontra o edifício dominado por terroristas e tem que enfrentá-los praticamente sozinho para resgatá-la.
Pierce Brosnan, o Thomas Crown, fez vários filmes da franquia 007 e atuou ainda em: O Escritor Fantasma; Mamma Mia! - O Filme; Vida de Casado; O Matador; Ladrão de Diamantes; etc.
Rene Russo, a Catherine Banning, também atuou em: Tudo por Dinheiro; Os Seus, os Meus e os Nossos; Showtime; Máquina Mortífera 3 e 4; O Preço de um Resgate; etc.
DIA IDEAL PARA ASSISTIR
Quando quiser assistir um filme leve e bonito.
POR QUE GOSTEI?
É um filme despretensioso que tem sua graça. A solução para devolver o quadro ao museu é muito criativa.
SERVIÇO
Para Acompanhar
É um filme de ambientes sofisticados, para entrar no espírito, é melhor caprichar: espumante, sucos naturais, misturinha de castanhas; etc. Na casa de praia Tomas Crown e Catherine Banning bebem vinho tinto. Boa sugestão para uma noite fresca!
Pausa
Um ponto bom para interromper a sessão aproximadamente no meio é ao final da cena em que Catherine Banning encontra o lugar secreto onde Thomas Crown escondeu o quadro roubado (0:55:53).
Mais Informações
Título original: The Thomas Crown Affair. Produção: 1999. Classificação: 16 anos. Para ver mais acesse o portal da MGM (em Inglês): http://www.mgm.com/title_title.php?title_star=THOMASCA
EM DESTAQUE
Falha
Catherine Banning toma pela manhã uma vitamina incomum de cor verde musgo (0:27:57). Ela e Thomas Crown saem para um programa e acabam dormindo juntos. No café da manhã seguinte aparece a tal vitamina (1:03:18). Catherine conclui que Thomas Crown deve ter providenciado os ingredientes de véspera o que mostra que ele considerava certo conseguir levá-la para cama. Mas a tonalidade da bebida na segunda cena ficou mais para turquesa, quase irreconhecível.
Dúvida
(0:20:23) Thomas Crown tira a moldura externa, mas não separa a tela do suporte rijo que a mantém esticada. Coloca a pintura na maleta aberta 180º e fecha-a, parecendo dobrar o quadro ao meio até encostar a face de uma metade na outra. (0:22:36) Em seguida, o quadro é visto por trás: é de madeira, seria quase impossível dobrá-lo daquela forma sem que se partisse irregularmente deixando farpas e pontas à mostra.
Nos comentários, o diretor garante que a maleta foi trabalhada para quebrar a estrutura e dobrar a pintura corretamente. Congelando a cena quando Thomas Crown retira o quadro da maleta (0:22:36), vê-se, por trás, as marcas onde a madeira teria quebrado. Todavia, são marcas tão sutis que a gente não sabe se enaltece a perfeição do mecanismo ou descrê da palavra do diretor.
Curiosidade
A atriz que interpreta a psicanalista de Thomas Crown, a senhora com o rosto desfigurado por cirurgias plásticas, é Faye Dunaway, a jovem lindíssima que fez o principal papel feminino na versão de 1968.
Mensagem
Dinheiro não compra felicidade, mas facilita.
Tomas Crown e Catherine Banning são bonitos, talentosos e ricos, mas falta-lhes o amor. E para viabilizar esse amor será preciso queimar muito dinheiro!
Detalhes
(0:55:38) Catherine Banning tem um canivete de mola com cabo de soco inglês: a moça está prepara para o jogo bruto!
(1:01:08) Coisa de cinema: Deve ser frio e duro fazer sexo em chão e escada de mármore sem tapetes!
(1:02:27) Repare no tamanho do joanete do pé esquerdo da Rene Russo, à direita do vídeo.
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